A exotoxina A é essencial na patogênese de P. aeruginosa, é uma ADP- ribosiltransferase NAD-dependente que inativa o fator de elongação 2 eucariótico (eEF-2), resultando na inibição da síntese proteica e na morte celular (POLLACK, 1984). Dada a sua importância na virulência bacteriana, a exotoxina A representa um alvo terapêutico promissor para o desenvolvimento de novas estratégias de tratamento.
A análise de inibidores específicos da exotoxina A pode gerar uma visão alternativa e complementar aos antibióticos convencionais, potencialmente contornando os mecanismos de resistência antimicrobiana. Os inibidores são moléculas que se ligam a uma enzima ou proteína alvo, neste caso a exotoxina A, interferindo em sua função. Eles podem atuar de diversas formas, como competindo pelo sítio ativo da enzima, induzindo mudanças conformacionais que impedem a atividade catalítica, ou bloqueando a interação da toxina com seu substrato. Os inibidores da exotoxina A poderiam, por exemplo, impedir a ligação do NAD+ ou do eEF-2, ou interferir na transferência do grupo ADP-ribosil, neutralizando assim a atividade tóxica da proteína. O processo de inibição pode ser reversível ou irreversível, dependendo da natureza da interação entre o inibidor e a toxina. Ademais, a inibição seletiva da exotoxina A pode reduzir a virulência bacteriana sem necessariamente eliminar o patógeno, o que poderia diminuir a pressão seletiva para o desenvolvimento de resistência.
POLLACK, Matthew. The Virulence of Pseudomonas aeruginosa. Clinical Infectious Diseases, v. 6, n. Supplement_3, p. S617–S626, 1984. Disponível em: <https://academic.oup.com/cid/article-abstract/6/Supplement_3/S617/295939?login=false>. Acesso em: 7 ago. 2024.
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